A evolução de cavernas e a evolução de espécies nestas cavidades são destaque deste post.
No primeiro caso é interessante destacar que nem toda caverna é exclusivamente ampliada pela ação de águas de chuva que, ácidas, corroem o calcário, abrindo os grandes vãos subterrâneos. Algumas cavernas podem conter minerais de enxofre que levam à formação de ácidos ainda mais corrosivos que o ácido carbônico das chuvas. Um destes ácidos implicado na formação de cavernas (principalmente em algumas províncias mexicanas) é o ácido sulfúrico - H2SO4-, produto da máxima oxidação do enxofre mineral. Além dele o ácido mais reduzido e mais fraco ácido sulfídrico - H2S que deixam a água dor rios interiores às grutas com um pH baixíssimo o que já restringiria a existência de vida nestes ambientes.
Nestas cuevas se desenvolve uma fauna abundante de seres troglóbios como alguns peixes. Mais bacana ainda foi mostrado por uma revista (Biology Letters) americana que mostrou que hábitos dos locais, o povo Zoque, que há milênios fazem um ritual no interior das cavernas dissolvendo em seu interior extratos de plantas com poderes medicinais.
em rituais que datam de séculos, o povo Zoque emerge extratos de plantas anestésicas na água ácida das grutas
Acontece que estas plantas têm um grande poder anestésico que derrubam até mesmo seres vivos maiores. Isso pode ter favorecido a evolução de espécies de peixes adaptados ao interior das grutas uma vez que um teste realizado com estes peixes mostraram que eles apresentam uma maior resistência ao poder dar plantas. Um bom exemplo de "seleção artifical" que hora ou outra nós humanos promovemos com nossas atividades. Um resumo deste trabalho pode ser visto no site da revista New Scientist no link a seguir (http://www.newscientist.com/article/dn19447-religious-rite-gives-evolution-a-helping-hand.html) ou no resumo da publicação (http://rsbl.royalsocietypublishing.org/content/early/2010/09/06/rsbl.2010.0663.abstract?sid=b63578e0-d0b4-4fdb-b45a-b033c8aedd0f).
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