Que o nosso planeta tem sido castigado há milênios ninguém tem dúvidas, mas esta marca foi bem mais profunda. Descoberto via imagens de satélite dispostas ao público, entenda-se: Google Earth, mais uma vez este programa gratuito mostrou-se como uma ferramenta muito util à ciência, apesar de ainda não ser muito bem recebida em alguns trabalhos acadêmicos...
Cientistas Italianos, sem ocupação, estavam olhando as fotos que mostram um dos desertos mais áridos do mundo localizado entre o Egito, Líbia e Sudão. Ali já são conhecidas outras marcas de queda de meteoritos (os famosos Astroblemas). Munidos de equipamentos avançados e muitos patrocínios (http://www.mna.it/hosts/Kamil/field_act.htm) um grupo interdisciplinar foi até o local onde puderam constatar que uma cratera profunda e que media em torno de 40m de diâmetro. Eu também, com muita ocupação mas um curioso nato, também fiz aqui minha expedição googleana e trago a vocês as coordenadas desta cratera para você jogar no seu Google Earth, toma aí: 22° 1'5.96"N, 26° 5'15.78"L (clique no "adicionar marcador", aquele objeto amarelinho lá em cima no menu, dê o nome "Cratera Kamil" e ponha as coordenadas que ele marca para você).
O mais bacana é que próximo à cratera ainda podem ser encontrados restos do brutamontes que caiu na Terra por volta do 10.000 anos, como estimam os cientistas italianos. Um bloco de ferro meteorítico de aproximadamente 80kg (ver figura abaixo) é um dos maiores blocos encontrados no local onde mais de 800kg já foram coletados. Ligando ciências a ciências, imagine quantas áreas de conhecimento poderiam lotar vans de turismo científico para lá! Dos químicos aos físicos, dos geógrafos aos geólogos, dos astrônomos aos biólogos, dos engenheiros metalúrgicos aos arqueólogos... estes últimos que além de passear por um dos berços da humanidade, o Egito, poderiam ainda testar teorias como as que dizem que os homens dominaram as tecnologias envolvendo metais ao trabalhar com estes metais extra-terrestres.
o maior dos pedaços do metal ET
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