terça-feira, 28 de setembro de 2010

Homem de Ferro de Verdade!!

Fãs de HQ´s, preparem-se: vem aí sua chance de se tornar um dos ídolos deste gênero literário e, recentemente, do cinema. Já está na segunda geração o Exo-esqueleto da Raytheon, uma empresa norte americana que se valeu da idéia de Stan Lee para o "Iron Man", personagem criado na década de 60.
o "recém nascido" Homem de Ferro até a sua segunda versão para o cinema

Mais famoso depois de ganhar duas versões nas telonas, o super-herói é um dos mais humanos de toda escrete de capa e espada das revistas em quadrinhos da Marvel, é claro, sem contar com alguns exageros como o de criar, na continuação da saga Homem de Ferro II, um acelerador de partículas doméstico que levou a formulação de "um novo elemento químico".

Mas, exagero a parte, a Raytheon (veja os interessantes vídeos em http://www.raytheon.com/newsroom/technology/rtn08_exoskeleton/index.html) promete lançar no mercado os seus exo-esqueletos que nada mais são do que robôs controlados por um console que envolve o corpo do operador e que aumenta em várias vezes a força que o seu corpo orgânico poderia aplicar. Fala-se da utilização deste pré super-herói aplicado na emocionante tarefa de salvar o mundo ao carregar objetos pesados, ou, como mostram os vídeos, você poderia ainda enfrentar perigosíssimas tábuas de madeira ou mesmo exercitar-se sem esforço algum. Como diria aquele Sobrinho do Ataíde, "isso é ou não é totalmente excelente"?? 
quer fazer exercícios sem fazer esforço?? ligue agora mesmo para a Raytheon e faça seu pedido!!

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Marcada a ferro

Que o nosso planeta tem sido castigado há milênios ninguém tem dúvidas, mas esta marca foi bem mais profunda. Descoberto via imagens de satélite dispostas ao público, entenda-se: Google Earth, mais uma vez este programa gratuito mostrou-se como uma ferramenta muito util à ciência, apesar de ainda não ser muito bem recebida em alguns trabalhos acadêmicos...

Cientistas Italianos, sem ocupação, estavam olhando as fotos que mostram um dos desertos mais áridos do mundo localizado entre o Egito, Líbia e Sudão. Ali já são conhecidas outras marcas de queda de meteoritos (os famosos Astroblemas). Munidos de equipamentos avançados e muitos patrocínios (http://www.mna.it/hosts/Kamil/field_act.htm) um grupo interdisciplinar foi até o local onde puderam constatar que uma cratera profunda e que media em torno de 40m de diâmetro. Eu também, com muita ocupação mas um curioso nato, também fiz aqui minha expedição googleana e trago a vocês as coordenadas desta cratera para você jogar no seu Google Earth, toma aí:  22° 1'5.96"N,  26° 5'15.78"L (clique no "adicionar marcador", aquele objeto amarelinho lá em cima no menu, dê o nome "Cratera Kamil" e ponha as coordenadas que ele marca para você).

O mais bacana é que próximo à cratera ainda podem ser encontrados restos do brutamontes que caiu na Terra por volta do 10.000 anos, como estimam os cientistas italianos. Um bloco de ferro meteorítico de aproximadamente 80kg (ver figura abaixo) é um dos maiores blocos encontrados no local onde mais de 800kg já foram coletados. Ligando ciências a ciências, imagine quantas áreas de conhecimento poderiam lotar vans de turismo científico para lá! Dos químicos aos físicos, dos geógrafos aos geólogos, dos astrônomos aos biólogos, dos engenheiros metalúrgicos aos arqueólogos... estes últimos que além de passear por um dos berços da humanidade, o Egito,  poderiam ainda testar teorias como as que dizem que os homens dominaram as tecnologias envolvendo metais ao trabalhar com estes metais extra-terrestres.

o maior dos pedaços do metal ET

domingo, 19 de setembro de 2010

O Sorriso do Lagarto

Novas descobertas paleontológicas e arqueológicas nos fazem entender melhor nosso passado. Cada vez mais podemos, graças a estes vestígios enterrados em nossos solos e rochas, saber sobre as condições climáticas do passado, entendemos melhor fatores naturais que podem levar à seleção ou extinção de espécies e até mesmo entender nossa própria organização como sociedade e famílias.

No entanto, não faça como a propaganda da líder em vendas de sabão em pó, que durante a imagem de um garoto que deixava cair sorvete em sua camisa diante de um fóssil de um dinossauro anunciava os dizeres "futuro arqueólogo". Não que o guri hoje não esteja escavando no Egito, mas a associação entre as duas ciências Paleontológicas e Arqueológicas esbarra em seus objetos de estudo. A diferença é que a segunda se volta mais às descobertas que auxiliam no entendimento do homem como  um animal social, extinto ou não. (http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/2010/09/15/pesquisadores-descobrem-ossadas-que-podem-ter-mais-de-3000-anos-em-mg.jhtm)

O avanço nestas ciências está mostrando que a cada nova descoberta, mais informações podem ser utilizadas para explicar mitos. Lembro-me que desde pequeno, quando me escondia atrás do sofá ao ver imagens de dinossauros na TV (o pior, aqueles de massinha e stop-motion http://www.youtube.com/watch?v=m6-h6Of0ZRQ&feature=related), via e ouvia falar coisas que me faziam detestar o T. Rexes. Além de uma máquina de extermínio, ele deveria ser uma lagartixa crescida que, arrastando sua cauda pelo chão, abandonava à própria sorte seus filhotes. No entanto, além de não arrastar sua cauda para qualquer um ou por qualquer coisa, os dinossauros deviam ser sim pais amáveis que cuidavam de sua prole (http://www.scientificamerican.com/article.cfm?id=new-tyrannosaur-discoveries). Finalmente, os restos destes dinossauros agora podem descansar mais felizes!



sábado, 18 de setembro de 2010

Uma idêia a ser aplicada

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Hâ alguns anos, a ofegante camada do alôtropo do oxigênio - que nos faz uma sombra da radiação UV - sofria com o constante ataque dos famigerados clorofluorocarbonetos, os CFC´s, presentes em alguns aerossôis e equipamentos de refrigeração por compressão (geladeiras, freezer´s, dentre outros), que agiam como catalisadores no frâgil equilíbrio existente nas camadas mais externas da atmosfera.

Apôs a confirmação da drástica diminuição da capa protetora da Antârdida e dos îndices alarmante de exposição ao qual estâvamos submetidos ao sair em um dia ensolarado, cientistas de vârios paîses levaram aos seus lîderes a proposta do Protocolo de Montreal (http://www.protocolodemontreal.org.br/005/00502001.asp?ttCD_CHAVE=17525) que levou à substituição destes CFC´s por gases menos nocivos. Desde a diminuição da utilização destes gases halogenados atê hoje, a camada de ozônio se mantêm estável.

O interessante ê destacar outros dois assuntos ligados à proteção que temos da radiação nociva do sol. O primeiro ê que muito se fala do ozônio como um grave poluente!! Seria este o mesmo ozônio da camada, quilômetros acima de nossas cabeças? NÂO! Estamos todos os dias, principalmente os moradores de grandes centros urbanos, expostos a uma elevada parcela desta substância tôxica que é produzida pela decomposição de combustíveis automotivos que não são totalmente consumidos pela combustão dos motores. Logo, ê comum estarmos em meio a tanto gâs.

Outra coisa é que muitos confundem a emissão de gases estufa como responsáveis pelo Buraco do nosso guarda-chuvas extratosférico. Acontece que assim como o gás carbônico ou aos demais gases estufa (metano e óxido nitroso) estão associados apenas a absorção de parte da radiação infravermelha que a Terra estaria descartando para o espaço.

A boa idêia é que poderíamos colocar em prática, com mais vigor, leis que foram aplicadas em um protocolo mundial como o de Montreal. O Protocolo de Kyoto já existe, só falta quem o cumpra.

Torço para que todo este ozÔnio perdido por aî, ache seu lugar no céu!

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Peixes anestesiados

A evolução de cavernas e a evolução de espécies nestas cavidades são destaque deste post

No primeiro caso é interessante destacar que nem toda caverna é exclusivamente ampliada pela ação de águas de chuva que, ácidas, corroem o calcário, abrindo os grandes vãos subterrâneos. Algumas cavernas podem conter minerais de enxofre que levam à formação de ácidos ainda mais corrosivos que o ácido carbônico das chuvas. Um destes ácidos implicado na formação de cavernas (principalmente em algumas províncias mexicanas) é o ácido sulfúrico - H2SO4-, produto da máxima oxidação do enxofre mineral. Além dele o ácido mais reduzido e mais fraco ácido sulfídrico - H2S que deixam a água dor rios interiores às grutas com um pH baixíssimo o que já restringiria a existência de vida nestes ambientes.

Nestas cuevas se desenvolve uma fauna abundante de seres troglóbios como alguns peixes. Mais bacana ainda foi mostrado por uma revista (Biology Letters) americana que mostrou que hábitos dos locais, o povo Zoque, que há milênios fazem um ritual no interior das cavernas dissolvendo em seu interior extratos de plantas com poderes medicinais.

em rituais que datam de séculos, o povo Zoque emerge extratos de plantas anestésicas na água ácida das grutas

Acontece que estas plantas têm um grande poder anestésico que derrubam até mesmo seres vivos maiores. Isso pode ter favorecido a evolução de espécies de peixes adaptados ao interior das grutas uma vez que um teste realizado com estes peixes mostraram que eles apresentam uma maior resistência ao poder dar plantas. Um bom exemplo de "seleção artifical" que hora ou outra nós humanos promovemos com nossas atividades. Um resumo deste trabalho pode ser visto no site da revista New Scientist no link a seguir (http://www.newscientist.com/article/dn19447-religious-rite-gives-evolution-a-helping-hand.html) ou no resumo da publicação (http://rsbl.royalsocietypublishing.org/content/early/2010/09/06/rsbl.2010.0663.abstract?sid=b63578e0-d0b4-4fdb-b45a-b033c8aedd0f). 
os  Poecilia mexicana nadandotranquilamente, em águas extremamente ácidas em cavernas mexicanas

Bate papo de morcego

Do "uai" ao "bah, tchê". Essa é a técnica utilizada pelos morcegos da Oceania para se reconhecerem uns aos outros, ou seja, falar em sotaques, sô. Tá bom mano, sei que isso parece aquelas trêta de escoteiros do tipo "morcego não fala", mas esses bichinhos trí-legais tem uma vasta amplitude de sons que emitidos podem ser, ou não, audíveis a nós humanos, morô? Destes sons retados, derivam as técnicas perfeitas de eco-localização destes mamíferos voadores que lhes permitem desviar de barreiras finas como uma linha de pesca ou de rastrear prováveis insetos que servirão de alimentos em plenos vôo, daí!

com esta chamada, a revista Bush Telegraph destaca a matéria científica

Ora pois, pena que na escrita não se pode ter uma boa ideia de sotaques, mas cientistas australianos (a matéria central da revista http://www.dpi.nsw.gov.au/__data/assets/pdf_file/0003/350544/10026-sprsummer2010.pdf) conseguiram combinar técnicas analíticas com computadores para analisar diversos sons emitidos pelos morcegos. Eles perceberam, meu rei, que uma mesma espécie localizada em pontos diferentes da Austrália poderiam emitir sons com pequenas diferenças. A pesquisa aponta para a importância em se reconhecer as espécies pelo som emitido pois microespécies destes quirópteros são importantes na cadeia de vida de florestas daquele país e, dificilmente caem em redes durante trabalhos de reconhecimento faunístico. Um ótimo trabalho mas que pode estar na mira do IgNobel Prize : )



sábado, 11 de setembro de 2010

Inteligência no almoço

Eu não poderia perder a piada.

os "inteligentes" Nereididae: prontos para serem devorados em um prato da cozinha vietnamita

Cientistas europeus ( ver reportagem no http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2010/09/pistas-de-pensamento-humano-sao-encontradas-em-cerebro-de-verme.html) acabaram de descobrir nestas coisinhas asquerosas uma estrutura pré-cerebral que pode, após milhares de anos de evolução, ter dado a forma final de nossa famosa massa cinzenta que nos permite fazer coisas como um blog, por exemplo.

Não sou biólogo, portanto, não me responsabilizo pelas informações dispostas nesta postagem que tratarão desta família por mim desconhecida: a Nereididae. Portanto, não me critiquem por continuar com a piada. Mas a verdade é que, a partir de hoje vou pensar duas vezes antes de dizer que alguém tem "Minhocas na cabeça" ou que é "miolo mole", ou que está "trocando os pés pela cabeça", afinal, nada melhor que um anelídeo multípede para nos chamar a pensar a respeito da evolução.

sábado, 4 de setembro de 2010

Coisa de Loco!

Mais uma vez, o irreverente site de busca Google faz uma homenagem a uma grande peça da ciência: a descoberta do buckminsterfullerene ou buckyball ou simplesmente, aportuguesado, fulereno.
a homenagem do Google ao fulereno; infelizmente não consegui baixar a animação

Mas qual o grande barato em se sintetizar/produzir uma molécula como esta? Bom, normalmente quando sou questionada a respeito da ciência puramente teórica ou a laboral que parece não ter sentido é que, desde o momento em que se começou a fazer ciência em torno do assunto já estamos contribuindo para o avanço da sociedade. Tomando um exemplo, Thomson, um dos cientistas propositores de modelos para os átomos, trabalhava com uma tal Ampola de Crookes que, anos mais tarde, estariam em nossos tubo de imagens de TV´s domésticas e monitores de computador.

Mas o fulereno deu início à busca de uma série de Alótropos do elemento carbono. Lembrando que alotropia é o fenômeno que alguns elementos químicos apresentam de formarem substâncias químicas diferentes, podemos pensar então no átomo de carbono como um "brinquedo de montar" (como o divulgado pelo site http://www.getbuckyballs.com/) que permite diferenciadas associações e diferentes formatos. Uma das aplicações destes fulerenos (eles são diferenciados apenas pela quantidade de átomos de carbono estabilizados em uma estrutura geométrica cíclica ou tubular) pode ser a de conduzir uma droga através de uma membrana lipídica.

Enfim, há 25 anos, a grande matada dos cientistas foi a de não deixar de ser curioso. Coisa de Loco : )