A tradução não tem a mesma graça, mas que fique o recado para todos: "O nome é Ligação. Ligação de Hidrogênio". Mais uma vez vem à tona a velha forma de chamar um tipo clássico de Interação Inter/Intra-molecular de certos compostos químicos. Por vezes confundido por uma "ponte de hidrogênio", a interação citada é a responsável pela vida em nosso planeta ao mesmo tempo que mantém a água em um estado em que possamos beber e não apenas aspirar ou ainda que mantem a dupla hélice do ADN (pensou que eu ia falar DNA, né? :) fixa sem sair voando por aí. Mas a tentativa foi boa. Mais uma vez aqui no blog, citando a Folha, na reportagem 'Cientistas conseguem filmar pontes de hidrogênio em uma molécula plana' volta a trazer esta definição, muito utilizada, ainda hoje, em traduções de livros de biologia/bioquímica.
Mas olhe que interessante o fato de se "enxergar" com microscopia um fator que é muito influenciado por fatores eletrostáticos que fazem a atração entre cargas de sinais opostos. No artigo do Journal of the American Chemistry Society este fato foi demonstrado por uma imagen nítida de moléculas de PTCDA (uma molécula orgânica planar, veja na figura a seguir) que pode realizar esta forte interação intermolecular (leia-se, entre duas moléculas) entre um oxigênio carbonílico (C=O, leia-se, dupla ligação entre o carbono e oxigênio) e um hidrogênio beta (leia-se, um hidrogênio logo ali atrás):
A região bipartida em verde demonstra a interação entre as moléculas de uma maneira fantástica, o que pode permitir com que os químicos e físicos criem novos materiais com orifícios tão pequenos como um átomo de hidrogênio e desta forma, quem sabe, chegar "àté" nanomáquinas ou nanomateriais com perfeito funcionamento. Poderá chegar o dia em que, sim, arquitetos possam construir passagens atômicas entre materiais e, aí sim, poder chamá-las de Pontes de/para Hidrogênios.
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