Bom, mais uma vez o projeto que desenvolvemos no Parque das Mangabeiras foi destaque da imprensa belorizontina. Desta vez chamando a atenção para os "espécimes raros" que lá encontramos e também para um suposto osso humano encontrado na gruta recentemente descoberta que se desnvolve em dolomito. Não vou me alongar muito pois abaixo vou colar a matéria, mas, respondendo aos milhares de e-mail que nem eu nem a redação do jornal receberam, o tal "suposto osso humano" não passa, nada mais nada menos, que um dos ingredientes que não pode faltar na boa e velha feijoada de sexta feira. O osso era realmente de uma falange média (o penúltimo osso a lhe apontar alguma coisa que tenhas feito de errado) porém de um suíno qualquer. Como ele foi parar lá éque eu não faço a mínima! A seguir a matéria disposta no link http://www.uai.com.br/htmls/app/noticia173/2010/07/05/noticia_minas,i=167209/CAVERNAS+ENCONTRADAS+NO+PARQUE+DAS+MANGABEIRAS+ABRIGAM+ESPECIMES+RAROS.shtml
Cavernas encontradas no Parque das Mangabeiras abrigam espécimes raros
Flávia Ayer - Estado de Minas
Publicação: 05/07/2010 06:41 Atualização: 05/07/2010 06:51
A bióloga Luana Silva e o químico Luciano Emerich em mais uma incursão para investigar as cavernas na região da Serra do Curral |
A descoberta mais recente, este ano, veio acompanhada de um intrigante vestígio: um osso que se assemelha à falange de um dedo humano.
A maior caverna encontrada pelos pesquisadores, com 18,5 metros de comprimento, já havia sido registrada na década de 1980 na Sociedade Brasileira de Espeleologia. Próximas a ela, duas outras cavernas, de nove e sete metros de comprimento, foram identificadas, além de uma quarta caverna, no Parque Serra do Curral, com 16 metros. A recém-descoberta Gruta do Mirante, com nove metros de comprimento, no Mangabeiras, é a única formada pela rocha dolomito, da mesma família das rochas calcárias, tipos mais comuns no Brasil e que têm como representantes as grutas da Lapinha, em Lagoa Santa, e Rei do Mato, em Sete Lagoas.
Mas, embora seja de tipo mais comum, a Gruta do Mirante não se torna menos interessante. “Ela tem duas claraboias no teto, formando um jogo de luz muito interessante”, afirma o químico e apaixonado por espeleologia Luciano Emerich Faria. Na gruta foi encontrado um osso que se tornou grande incógnita para o grupo, pela semelhança com um osso humano. O material foi coletado e encaminhado para pesquisa. “Ele se assemelha muito à falange humana. Como a caverna tem abertura com o meio externo, fósseis podem ser trazidos até aqui”, afirma Faria, que, apesar de não descartar a possibilidade de homens pré-históricos terem habitado as proximidades, pondera que a conclusão depende de estudos mais aprofundados.
Fonte de pesquisa
Alimento para o imaginário popular, as cavernas são também combustível para a ciência e, só no Parque das Mangabeiras, oferecem material de sobra para pesquisa. Além dos ossos, materiais e seres vivos interessantes foram encontrados, como um pequeno anuro, confundido com a rã. Na estação seca, ele busca abrigo na escuridão e umidade das grutas. As aranhas têm cadeira cativa nesses recantos formados há milhões de anos, entre elas a aranha marrom, muito venenosa. Capaz de sobreviver sem luz, o fungo lignocelulíticos, especialista em decompor madeira, é o prato predileto de besouros e grilos.
Carverna em ameaça
No país, há 7,3 mil cavernas, sendo que mais de um terço delas está no território mineiro. Mas, apesar da comprovada importância das cavernas para a ciência e a história, a legislação brasileira põe em risco a preservação de grande parte dessas formações. A lei classifica as cavernas naturais por quatro critérios de relevância: máximo, alto, médio e baixo. Apenas as de relevância máxima têm proteção garantida, sendo que as demais podem ser destruídas, com autorização do órgão ambiental. “As cavernas sofrem grande pressão das mineradoras, que não têm interesse em preservá-las”, ressalta a geógrafa Manuela Pereira, que acaba de se integrar ao grupo de pesquisadores sobre o assunto no Parque das Mangabeiras, em BH.
Para interessados em estudar espeleologia, o Centro Universitário UNA vai oferecer o curso de férias Introdução ao estudo de cavernas. As aulas ocorrem na última semana de julho, de terça-feira a domingo. São quatro dias de lições teóricas e, no fim de semana, a turma vai a campo explorar o universo das grutas e cavernas, no Parque Estadual do Sumidouro, em Lagoa Santa, na Região Metropolitana de BH, e no Parque das Mangabeiras, na capital. A matrícula é de R$ 30 e o curso tem valor de R$ 210. Mais informações e inscrições pelo site www.una.br.
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